Nos últimos 14 anos, os motoristas pagaram cerca de R$ 3,8 bilhões em pedágios à ViaBahia. Apesar dos altos avanços, a transportadora, responsável pelos trechos da BR-116 e da BR-324, coleciona reclamações em relação à má conservação das estradas.
Após mais de uma década de prestação de serviços em meio à insatisfação de condutores, a empresa deixará o controle das rodovias em dezembro deste ano. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, confirmou a saída da ViaBahia no último sábado, dia 21 de setembro.
O contrato de concessão do sistema rodoviário tem duração de 25 anos, ou seja, a empresa poderia ficar até 2034. A ViaBahia sairá 10 anos antes do prazo previsto no contrato.
De acordo com um levantamento feito pelo portal Acorda Cidade, os demonstrativos financeiros disponibilizados no site da empresa indicam que condutores de veículos leves e pesados pagaram, em média, R$ 22 milhões por mês em pedágios entre os anos de 2010 e 2023.
Somente no último ano, a empresa faturou pouco mais de R$ 426 milhões em pedágios, um crescimento de 18,24% em relação ao ano anterior.
Em operação desde 2009, a ViaBahia é responsável pelo trecho da BR-116, que vai de Feira de Santana até a divisa do estado com Minas Gerais, e pelo trecho da BR-324, que liga Feira de Santana a Salvador. Ao todo, a empresa administra 680,6 km de rodovias no estado, cortando 27 municípios baianos.
A Viabahia iniciou a cobrança de pedágios nas BRs 116 e 324 em 2010. Durante 14 anos de cobrança foram arrecadados R$ 3.825.832.000,00 (três bilhões, oitocentos e vinte e cinco milhões, oitocentos e trinta e dois mil reais).
Fluxo
Com duas praças de pedágio, o trecho que estabelece a conexão entre Feira de Santana e a capital do estado é o que registra, em média, o maior fluxo de veículos. Somente em agosto deste ano, cerca de 2,3 milhões de veículos utilizaram o trajeto. Em 2023, aproximadamente 39,8 milhões de usuários pagantes utilizaram as rodovias administradas pela ViaBahia.