Uma advogada baiana foi presa
sob a suspeita de facilitar a comunicação entre uma das principais
lideranças da facção criminosa Bonde do Maluco (BDM), na Bahia,
Jackson Antônio de Jesus Costa, conhecido como 'Caboclino', preso no Distrito
Federal, e comparsas na Bahia.
Érica Priscilla da Cruz
Vitorino é companheira de Marlos Araújo Souza Junior, conhecido como “Bolão”,
CRM ou JR. Atualmente, ele está preso no Conjunto Penal de Serrinha, na mesma
cidade onde a advogada teve o mandado de prisão cumprido, na manhã de segunda,
21, durante a Operação Cravante, deflagrada pela Polícia Federal.
Informações repassadas pela
Secretaria de Administração Penitenciária do DF (SEAP) constataram indícios de
que pessoas diversas estariam se passando por um advogado, com a anuência
deste, para se comunicarem com detentos reclusos no sistema prisional do DF.
As investigações ainda
revelaram que os advogados se revezariam no atendimento para atender os pedidos
de Caboclino, atuando por fora do exercício profissional – uma das
profissionais agia como telefonista do preso. As chamadas de vídeo eram
vendidas por cerca de R$ 150.
Além de Érica, a Polícia
Federal deteve outras seis pessoas e realizou nove mandados de busca e
apreensão.
A OAB-BA só acompanha as
prisões em Salvador, que é sua área de atuação. No interior é com as subseções
locais. Ela é lotada na Subseção de Juazeiro.
E sobre processos
disciplinares, somos proibidos por lei de falar:
A Lei Federal nº 8.906, de 4 de julho de 1994, em seu artigo 72, parágrafo 2º, determina que ", até o seu término, só tendo acesso às suas informações as partes, seus defensores e a autoridade judiciária competente." Deste modo, o Tribunal de Ética e Disciplina (TED) da OAB-BA está proibido por lei de se manifestar sobre processos disciplinares que porventura estejam tramitando, até o seu trânsito em julgado.