A operadora aeroportuária Aena está completando o primeiro ano na administração de três aeroportos em Minas Gerais, nas cidades de Uberlândia e Uberaba, ambas na região do Triângulo, além de Montes Claros, no Norte de Minas. O período foi marcado para melhorias e antecede uma série de ampliações já anunciadas para o próximo ano no Estado, com investimentos previstos de R$ 550 milhões até 2026.
Ao todo, serão investidos nos três aeroportos R$ 350 milhões em 2025 e R$ 200 milhões entre janeiro e junho de 2026. Com exceção de Congonhas, em São Paulo, Uberlândia receberá os maiores transportes dentre os outros 10 aeroportos com ampliações ou reformas previstas pela Aena no País.
A maior cidade do Triângulo Mineiro contará com um novo terminal de passageiros do outro lado da pista, que comportará um acesso viário e um novo pátio de aeronaves com oito posições e duas pontes de embarque “dedo”. Com a ampliação, o aeroporto de Uberlândia contará com 10 mil metros quadrados (m²) de estrutura, o que vai permitir receber mais de 2 milhões de passageiros por ano – o dobro da capacidade atual do terminal.
De acordo com o diretor de relações internacionais e comunicação da Aena Brasil, Marcelo Bento, as expansões surgem como parte da resolução de problemas apontados durante o primeiro ano de gestão. “Para ter um aeroporto dentro do patamar mais seguro possível precisamos de um novo terminal. Neste primeiro ano, tivemos o desafio de identificar pontos de fragilidade e melhorias para podermos avançar”, pontua.
O aeroporto de Uberaba também deverá dobrar de tamanho e chegará a 3 mil m² com capacidade para receber 100 mil passageiros por ano. A expansão contempla melhorias estruturais, além de um novo pátio de parada para aeronaves em três posições.
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Para Montes Claros, o projeto também prevê que o aeroporto terá o tamanho duplicado e somará 3,7 mil m². Com a ampliação, a maior cidade da região Norte de Minas Gerais ganha um novo pátio de aeronaves, além de novas áreas de fuga.
As obras, atualmente em processo de licitação de construtoras, estão previstas para começar em janeiro e terminar em junho de 2026. “Até o fim deste mês já teremos as empresas definidas e um projeto mais refinado”, reforça o diretor.
Ele acrescenta que os investimentos no interior de Minas Gerais acompanham o crescimento das respectivas cidades onde os aeroportos estão instalados. Uberlândia, Uberaba e Montes Claros são municípios considerados que estão avançando acima da média dado ao maior potencial de avanços em segmentos como: agronegócio, logística e indústria farmacêutica.
A partir das ampliações, a empresa espera a atração de novos voos para as cidades – uma decisão que parte das companhias aéreas a partir de uma análise conjunta entre a demanda de passageiros e a infraestrutura dos aeroportos. Dentre as novas rotas de interesse referidas pela Aena, estão Uberlândia-Brasília, além de uma maior frequência de viagens ao aeroporto de Recife – que hoje só acontece aos finais de semana – para ampliar a conexão entre Minas Gerais e cidades do Nordeste.
O primeiro ano da gestão em Minas é focado em segurança e eficiência operacional
Ao detalhar os avanços no primeiro ano de gestão das três operações aeroportuárias em Minas Gerais, Marcelo Bento destaca que as ações, orçadas em R$ 50 milhões, foram semelhantes e com foco em melhoria da segurança e eficiência operacional.
Com os investimentos na área de segurança, os aeroportos receberam nota máxima nos requisitos de Operações Aeroportuárias presentes no Atestado de Capacidade Operacional (Acop) emitido pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Segundo a Aena , os índices atuais de 98,9%, são superiores aos registrados na gestão anterior, que tinham índice inferior a 80%.
Para garantir esse resultado, o diretor da empresa destaca que, durante esse período, foram realizadas importantes obras de modernização e requalificação na infraestrutura dos aeroportos. Dentre as ações destacadas estão o recapeamento de falhas nas pistas e a reforma dos auxílios visuais dos pilotos.
Para os passageiros, as principais melhorias contemplaram incrementos em climatização, automação dos geradores de energia e conforto acústico, além da sinalização – que apresentou o “padrão Aena” utilizado em todos os aeroportos da empresa. “A partir das melhorias inovadoras, realizamos pesquisas de satisfação de passageiros nos três aeroportos e nosso retorno foi bastante apertado”, ressalta.