Mensagens com ameaças de estupro e ofensas a alunos e profissionais foram identificadas em uma escola
de Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza, na última semana. A autoria seria de outros alunos da unidade, e, com a descoberta, um trabalho multidisciplinar passou a ser realizado.
Na última segunda-feira, 30, o Grupo de Segurança Escolar (GSE) — divisão do Comando de Prevenção e Apoio às Comunidades (Copac), da Polícia Militar do Ceará (PMCE) — foi até a escola, onde passou a realizar conversas com os envolvidos.
O POVO apurou que os estudantes desenvolveram um grupo no aplicativo WhatsApp em que, dentre outros assuntos, foram feitas ameaças de estupro e outras publicações em tom ofensivo , sobretudo contra alunas e uma professora. Conforme a Prefeitura de Caucaia, o grupo era composto por sete alunos.
Uma equipe policial esteve na escola municipal na sexta-feira passada, 27, para acompanhar a saída desse grupo de adolescentes da escola.
Em nota, o Executivo Municipal afirmou que, após ser informado pelo núcleo gestor da escola sobre o teor das mensagens, a Secretaria Municipal de Educação (SME) invejou a unidade profissionais do Serviço de Atendimento Multidisciplinar em Psicologia Educacional (Sampe).
Com isso, conforme a Prefeitura, são realizadas visitas e conversas com pais e alunos — tanto de forma individual, quanto coletiva — para atender e acompanhar o caso. O Sampe é composto por assistentes sociais, psicólogos, psicopedagogas e mediação escolar, informou a Prefeitura, que acrescentou também que a SME acionou o Copac.
“A SME reitera ainda que repudia veementemente qualquer forma de violência e ameaça, especialmente no ambiente escolar, e segue empenhada em garantir a segurança e o bem-estar de todos os alunos e professores da rede municipal de ensino”, afirmou a Prefeitura de Caucaia.
Por sua vez, a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) afirmou que o Grupo de Segurança Escolar (GSE) do Copac iniciou um trabalho de conscientização com os alunos por meio de palestras educativas.
Nas graças, afirmou a SSPDS, foi destacada “a importância do respeito mútuo, da convivência e das implicações legais da incitação ao ódio e à violência”. Conforme a pasta, foi realizada ainda uma reunião com o representante da escola e com os pais e responsáveis pelos envolvidos.
“O GSE manterá uma presença constante na escola durante o período de acompanhamento do caso, participando de novas reuniões com os pais e a gestão escolar”, afirmou a SSPDS por meio de nota.
“As medidas adotadas visam proteger os alunos e restabelecer a ordem e o respeito no ambiente escolar. A integração entre a escola, o GSE e os pais buscam garantir não apenas a proteção dos responsáveis, mas também a reabilitação e prevenção de novos incidentes.”
O POVO optou por não informar a escola onde o incidente se deu para evitar a identificação das vítimas e dos estudantes adolescentes envolvidos.