O Banco Central definiu mudanças
no Pix a
serem implementadas a partir do dia 1º de novembro. As novas medidas adotadas
pela autarquia têm o objetivo de aprimorar a segurança do sistema de
pagamentos. Assim, espera-se, evitar golpes.
O Pix entrou no ar no Brasil
em novembro de 2020. De lá para cá, se tornou o principal método de pagamentos
no país, o que chamou a atenção também de golpistas e fraudadores, interessados
em usar o sistema para obter vantagens indevidas.
É contra isso que o
Banco Central decide agir com as mais novas mudanças no Pix.
“Temos que pensar na evolução
do Pix para criar vantagens para a população. O Banco Central é parceiro dos
intermediários”, afirmou Gabriel Galípolo, futuro presidente do Banco Central,
durante participação no Itaú BBA Macro Vision, nesta segunda-feira (14) em
São Paulo.
Mudanças no Pix
As novas regras que o BC decidiu implementar no Pix tratam de limites
de valor para transferências em novos aparelhos. Ou seja, vão colocar uma trava
nas transferências quando o Pix estiver sendo iniciado por um aparelho, um
celular ou computador, que nunca tenha sido usado por aquele usuário.
De acordo com o Banco Central,
o limite por transferência será de R$ 200 e o limite diário de R$ 1.000. A
regra só vale para transferências em aparelhos que não foram cadastrados na
instituição financeira. De resto, nada muda.
A proposta é evitar que alguém
que consiga a senha de um usuário de alguma maneira usufrua disso com
transferências que não deveriam ocorrer normalmente.
“O objetivo é dificultar o
tipo de fraude em que o agente malicioso consegue, por meio de roubo ou de
engenharia social, as credenciais, como login e senha dos clientes”, explica o
BC, em nota.
“As novas medidas contribuirão
para minimizar as chances de certos tipos de golpes acontecerem e para que as
instituições participantes usem de forma mais eficaz as informações antifraude
armazenadas aqui nos nossos sistemas”, afirma Breno Lobo, chefe adjunto do
Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro, no comunicado.
O que muda no Pix para as
instituições financeiras?
O BC também adotou medidas que
impactam os bancos e instituições financeiras. Portanto, sem reflexos imediatos
para o dia a dia do consumidor, muito embora também visem aprimorar a segurança
do Pix.
A partir de novembro, com as
mudanças no Pix as instituições financeiras deverão:
- Utilizar informações contidas no banco de
dados do Banco Central para identificar transações Pix que não sejam
compatíveis com o perfil do cliente;
- Disponibilizar em canal eletrônico aos
clientes as informações necessárias para os cuidados contra fraudes;
- Verificar uma vez a cada 6 meses se os
seus clientes possuem marcação de fraude na base do Banco Central. Assim,
restringir ou suspender transações dos clientes que tem esse indicativo.
Pix Automático fica para 2025
O Banco Central confirmou
ainda a nova data de lançamento do Pix Automático, que agora está previsto para
entrar no ar em 16 de junho de 2025. Antes, a previsão da nova funcionalidade
era para o final deste mês de outubro de 2024. Essa é uma das mudanças no Pix
mais esperadas pelos clientes e pelo mercado.
O Pix Automático é uma nova modalidade do Pix que está sendo
estruturada pelo Banco Central. O objetivo é facilitar os pagamentos
recorrentes de serviços, como contas de água e luz, mensalidades escolares,
academias, clubes e serviços de streaming, entre outros.
Você deve estar pensando que é
algo que lembra muito o bom e velho débito automático. Sim, você está certo, a
ideia é bastante semelhante. No entanto, o plano do Banco Central é criar um
sistema que seja mais barato e universal.
Isso uma vez que o débito
automático depende de existir um convênio entre o banco utilizado pelo cliente
e a empresa recebedora do pagamento. Da mesma maneira, a parte operacional do
sistema passa a seguir um padrão, o que para o BC “facilita a implantação e dá
condições igualitárias de competição entre cada um dos participantes do Pix”.
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