A Polícia Civil de São
Paulo solicitou esclarecimentos ao Corinthians no
âmbito da investigação sobre o possível uso de laranjas na intermediação do
antigo contrato de patrocínio com a empresa VaideBet. Em um ofício elaborado na
noite de quarta-feira (9), o delegado Tiago Fernando Correia cobra explicações
do clube sobre o recebimento de R$ 56 milhões. A polícia não estabeleceu prazo
para a resposta do Corinthians, mas conta com o bom senso do clube para
responder de forma rápida aos questionamentos.
O principal foco da
investigação recai sobre este pagamento, feito através de três intermediadoras:
Otsafe - Intermediação de Negócios e dois CNPJs distintos da Pagfast EFX
Facilitadora de Pagamentos.
O contrato do
Corinthians com a VaideBet permitia a utilização das empresas Zelu Brasil ou
Pay Brokers como intermediadoras de pagamento. A VaideBet transferiu R$ 10
milhões ao Corinthians via Pay Brokers. A informação foi inicialmente publicada
pelo "ge" e confirmada pelo Lance!.
Suspeita de laranja
motivou investigação
Segundo os termos
contratuais, caso a VaideBet utilizasse outras intermediadoras, seria
necessário solicitar autorização por escrito e obter a aprovação prévia do
clube. Até o momento, não há comprovação de que essa exigência tenha sido
cumprida, o que levou as autoridades a cobrarem um posicionamento oficial do
Corinthians.
O documento, assinado
pelo delegado Tiago Fernando Correia, também solicita ao clube o contato de
Luís Ricardo Alves, conhecido como Seedorf, superintendente financeiro na atual
gestão de Augusto Melo. Seedorf já havia prestado depoimento no início de setembro,
mas a oitiva foi interrompida devido à tentativa de intervenção de seu
advogado, que teria buscado direcionar as respostas do depoente na ocasião.
A investigação sobre o
contrato entre o Corinthians e a VaideBet está em andamento desde maio, após
surgirem suspeitas de que um laranja poderia estar envolvido na intermediação
do acordo.