As ameaças de morte contra a
deputada Carol Dartora (PT-PR) se
intensificaram nessa quarta-feira (30) com um novo ataque por
e-mail. As agressões começaram em 14 de outubro e são investigadas pelo
Ministério Público Federal (MPF), pela Polícia Federal (PF) e pela Polícia
Legislativa. Essas mensagens são enviadas aos endereços de e-mail do gabinete e
da própria ddeputada por anônimos — alguns atrelados a fóruns anônimos usados
por extremistas.
Na ameaça mais recente, o
autor promete invadir o gabinete da deputada e matá-la queimada. "Vou
dizer que estou indo acompanhar uma sessão ou te fazer uma visita como fã.
Chegando no seu gabinete, vou derramar gasolina sobre o seu corpo inteiro e colocar
fogo. Quero sentir o cheiro da sua carne queimando e seus gritos de
horror", diz a mensagem. Nela também há ameaças à família de Carol Dartora
e insultos racistas. "Me aguarde, macaca. Já sei sua rotina, onde você e
seus parentes moram", ataca o e-mail.
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A equipe jurídica que atende
Dartora identificou seis crimes, pelo menos, nas mensagens remetidas à deputada
do PT: incitação ao suicídio, racismo, violência política de gênero, ameaça,
perseguição e cyberbullying. Até esta sexta-feira (1º), 43 e-mails chegaram às
caixas de entrada da parlamentar. Todos eles remetidos à investigação criminal
instaurada pelas autoridades de segurança.
O primeiro deles chegou a ela
em 14 de outubro. A mensagem é longa e replicada em e-mails sucessivos enviados
às 18h06, 1h08, 18h09, 18h10, 18h11, 18h13 e segue repetidamente com curtos
intervalos até 18h21. O conteúdo é tão violento quanto as mensagens remetidas à
deputada nos dias seguintes. Há sempre ofensas racistas e ameaças de
morte.
No mês passado, o PT publicou uma nota em apoio à deputada. "A bancada não aceitará nenhuma tentativa de intimidação ou cerceamento do pleno exercício do mandato", diz. "Muito menos permitir que suas integridades física e moral sejam colocadas em risco", conclui a nota que contém a assinatura do líder do PT na Câmara dos Deputados, Odair Cunha (MG).