Após mais de 12 horas de sessão, o
ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou pela absolvição do
ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de todos os crimes denunciados pela
Procuradoria-Geral da República por uma suposta trama golpista para impedir o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de assumir o poder. Ele manteve a
mesma postura com outros cinco réus. Em sessão nesta quarta-feira (1o/9), na
Primeira Turma do STF, Fux divergiu de Alexandre de Moraes e Flávio Dino, que
votaram pela condenação de todos os réus.
O placar até o momento está em 2 a 1
pela condenação dos réus. Após Fux, votam os ministros Cármen Lúcia e o
presidente da Primeira Turma, Cristiano Zanin. A sessão está marcada para
começar às 14h da quinta (11/9). No fim, será feita a dosimetria das penas,
quando a punição exata para cada réu é definida.
Em outras manifestações nesta quarta,
Fux votou pela condenação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e
delator da suposta trama golpista, apenas pelo crime de abolição do Estado
Democrático de Direito, livrando-o de outros quatro crimes. O mesmo
procedimento foi adotado com Walter Braga Netto, (general e ex-candidato a vice
de Bolsonaro). Com isso, já há maioria pela condenação dos dois por um dos
crimes.
No caso do almirante Almir Garnier,
ex-comandante da Marinha, o ministro votou pela absolvição pelos cinco crimes
indicados pela Procuradoria-Geral da República (PGR), assim como fez com
Bolsonaro. Fux também votou pela absolvição do general Paulo Sérgio Nogueira
(ex-ministro da Defesa), do general Augusto Heleno (ex-ministro do Gabinete de
Segurança Institucional – GSI) e de Anderson Torres (ex-ministro da Justiça) de
todos os crimes. Fux analisou as imputações ao réu Alexandre Ramagem (deputado
federal e ex-diretor da Abin) e também as considerou improcedentes.
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