Uma mulher foi presa com drogas,
munições, TV Box e aves silvestres em um ônibus de turismo em Feira de
Santana, no centro norte da Bahia, na madrugada de terça-feira (16). A prisão
ocorreu o durante a Operação Cão de Faro VI, da Polícia Rodoviária Federal
(PRF).
A ocorrência teve início após abordagem
a um ônibus de turismo que fazia o itinerário Rio Grande da Serra/SP – Mata
Grande/AL, quando os cães farejadores K9 Umbro e K9 Zion sinalizaram
positivamente para uma bagagem no compartimento inferior do veículo.
Dentro da mala foram encontrados:
10 tabletes de cocaína, totalizando 10,3
kg;
300 g de Skunk e uma porção de Haxixe;
39 munições calibre .40 (uso restrito);
21 munições calibre .38 (uso permitido);
03 decodificadores “TV Box”, de
comercialização proibida pela ANATEL.
Durante a conferência das demais
bagagens, os policiais também localizaram cinco aves da fauna silvestre
brasileira, mantidas em condições de maus-tratos:
02 Trinca-ferro (Saltator similis);
02 Coleirinhos (Sporophila
caerulescens);
01 Papa-capim (Sporophila nigricollis).
As aves estavam em gaiolas inadequadas,
sem água e em ambiente insalubre, configurando risco à saúde dos animais.
A passageira, identificada como
proprietária dos itens ilícitos e das aves, confessou que havia recebido a
carga em Bragança Paulista, em São Paulo, e que transportaria os materiais até
Antas, na Bahia, onde receberia um valor em dinheiro pelo serviço. Segundo ela,
os animais seriam para criação própria e os aparelhos eletrônicos seriam
revendidos.
A mulher foi presa em flagrante e
encaminhada à Delegacia de Polícia Civil de Feira de Santana, junto com os
materiais apreendidos e as aves resgatadas, que foram encaminhadas ao órgão
ambiental competente.
Veja quais são as espécies de aves
silvestres mais apreendidas na Bahia
Em oito meses, mais de 2,7 mil aves
silvestres foram resgatadas na Bahia, segundo a Companhia Independente de
Polícia de Proteção Ambiental (Coppa). Somente no último bimestre, 1106 foram
apreendidas, resultado de 17 operações de Fiscalização Ambiental realizadas em
Salvador e Região Metropolitana. As espécies mais cobiçadas pelos criminosos
são papa-capim, canário-da-terra e cardeal.
“Isso ocorre porque são aves muito procuradas pela população devido ao canto característico e à beleza, o que alimenta o comércio e a criação ilegal, sobretudo por conta dos torneios de cantos onde os proprietários das aves vencedoras ganham prêmios pecuniários, o que valoriza e gera mais lucro”, explica a major Érica Patrícia, comandante da Coppa.
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