Conhecido pelo combate ao Primeiro
Comando da Capital (PCC), o ex-delegado geral da Polícia Civil de São
Paulo, Ruy Ferraz Fontes foi
assassinado a tiros nesta segunda-feira (15) na cidade de Praia Grande, no
litoral paulista.
Ruy Ferraz Fontes atuou por mais de 40
anos na corporação. Atualmente, estava aposentado e trabalhava como secretário
de Administração na cidade de Praia Grande.
Durante a carreira como policial, se
destacou como referência no enfrentamento ao PCC e atuou na prisão de Marcos
Willians Herbas Camacho, o Marcola.
O ex-delegado foi jurado de morte pelo
PCC em 2019, quando ainda estava a frente da Polícia Civil. Na época, a
justificativa foi a transferência de Marcola para um presídio federal, conforme
reportagem do portal Metrópoles.
Segundo informações disponibilizadas no
site da Prefeitura de Praia Grande, o ex-delegado é graduado na Faculdade de
Direito de São Bernardo do Campo e pós-graduado “latu sensu” em Direito Civil
na mesma instituição.
“Ao longo de sua carreira, ocupou cargos
de destaque, como Delegado Geral de Polícia, diretor do Departamento de Polícia
Judiciária da Capital, além de ter atuado em unidades como o Deic, Denarc e
DHPP”, detalhou, em nota, a Secretaria
da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP).
Além disso, Ruy Ferraz Fontes atuou como
professor Assistente de Criminologia e Direito Processual Penal da Universidade
Anhanguera e de Investigação Policial pela Academia da Polícia Civil do Estado
de São Paulo.
Ex-delegado executado em Praia Grande
O homicídio aconteceu quando o
ex-delegado dirigia por Praia Grande. Ele foi perseguido pelos criminosos, que
atiraram de fuzil contra o seu carro. A vítima perdeu o controle da direção e
colidiu contra um ônibus.
Imagens de câmeras de segurança mostram que, após a colisão, homens encapuzados
e fortemente armados desceram de um veículo, foram onde estava o delegado e
efetuaram mais disparos.
Polícia procura autores do crime
A morte de Ruy Ferraz Fontes foi
confirmada pela Secretaria da Segurança Pública de
São Paulo (SSP-SP). Em nota, o órgão expressou “profundo pesar” pelo
falecimento.
A SSP informou que policiais militares
“atenderam rapidamente à ocorrência e localizaram o veículo utilizado pelos
criminosos” e que “a cena foi preservada para a realização da perícia”. Até a
publicação desta reportagem, o caso estava sendo registrado pela Polícia Civil.
“Equipes estão em campo, realizando diligências e utilizando ferramentas de inteligência para identificar, prender e responsabilizar os envolvidos”, afirmou o órgão.
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