FEIRA DE UBERLÂNDIA

Polêmica em Catu: Filme com cenas de sexo é exibido em evento infantil da prefeitura

O que deveria ter sido um momento de aprendizado, acolhimento e inclusão, terminou em indignação e revolta para dezenas de pais e mães da cidade de Catu, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), que participavam com seus filhos de um evento realizado, nessa quinta-feira, 18, no Centro Multicultural da cidade, na Rua Geonísio Barroso, no bairro Aruanha.

O encontro, que era voltado ao público infantil com deficiências, foi promovido pela Prefeitura de Catu, através dos Departamentos de Cultura e de Desenvolvimento Social, o acabou exibindo um filme com classificação indicativa para 16 anos, mesmo com a presença de crianças pequenas, muitas com condições como autismo e outras deficiências. A obra em questão é 'Kasa Branca' - um drama/ ficção psicológica brasileiro que aborda temas como identidade, trauma, sexualidade e relações humanas.

A exibição do filme aconteceu depois de uma palestra sobre inclusão, a ação em alusão a campanha Setembro Verde - dedicada à visibilidade da pessoa com deficiência. O que ninguém esperava era que, após um momento educativo, as famílias seriam surpreendidas com cenas consideradas inadequadas para o público presente, incluindo insinuações sexuais, nudez, beijos entre adultos e até masturbação explícita, conforme relataram pais indignados.

"A palestra foi muito boa, muito conhecimento. E no fim passaria um filme. Falei tudo bem, vamos, vai ser legal. Mas, vocês não sabem o que aconteceu. O filme é horrível, estou indignada. Não só eu, mas muitas mães também. O filme é Kasa Branca. Sabe oq tem na cena do filme? Tem um rapaz colocando a mão dentro da roupa fazendo masturbação. Mais para frente tinha um pessoal dentro de um tanque [dois homens e uma moça], eles começaram a se beijar. Homem com homem, a mulher. Quando aquilo tudo começou, peguei minha filha e saí", explicou, revoltada, a vendedora Flávia Santana Gonzaga, 35 anos, mãe de uma menina autista, de 13 anos.

Segundo Flávia, o convite informava que o filme não era recomendado para menores de 10 anos, o que já gerava certa dúvida, mas muitos responsáveis, confiando na proposta educativa do evento, decidiram comparecer. Cerca de 40 pais estavam com seus filhos no evento.

"Minha menina é autista, ela tem crises epiléticas. Então, assim, ela não tem acesso a esse tipo de conteúdo, não. Até porque na minha casa não tem. E aí a gente sai de lá chocada. Eu saí chocada!! A minha menina não viu tanta coisa, na hora a gente saiu", desabafou a mãe.

Pais deixaram a sala em protesto

Flávia relembra que o momento de maior tensão aconteceu quando, as cenas explícitas começaram a ser exibidas, gerando revolta imediata. Diversas famílias se levantaram em protesto, deixando o auditório. “O pessoal [da prefeitura] acelerou o filme, quando viu todo mundo se levantando. Quando começou essa cena, eles tentaram acelerar o filme", relatou.

Ainda de acordo com ela, apesar da revolta dos pais, somente no final da tarde dessa sexta-feira, 19, a Prefeitura se pronunciou por meio de nota. "Agora, no fim da tarde, que eles liberaram a nota pedindo desculpas. Mas, ontem não. Eles vieram já agora, acho que umas três para quatro horas que eles emitiram a nota", disse a mãe.

Repercussão nas redes sociais

A vendedora acredita que a prefeitura só veio a público pedir desculpas após o caso repercutir no Instagram e em grupos de WhatsApp. Flávia gravou alguns vídeos denunciando a situação e postou em suas redes sociais.

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