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Execução de ex-delegado Ruy Ferraz Fontes pode estar ligada a licitação milionária em Praia Grande

A Polícia Civil de São Paulo apura se o assassinato do ex-delegado e secretário de Administração de Praia Grande, Ruy Ferraz Fontes, teria relação com um processo de licitação no valor de R$ 24,8 milhões, destinado à ampliação do sistema de videomonitoramento e wi-fi da cidade do litoral de São Paulo.


Segundo informações apuradas pelo UOL, fontes ligadas à investigação classificaram em 9 de 10 a chance de o crime ter sido motivado pelo processo, destacando que Ruy Ferraz Fontes havia encontrado irregularidades no contrato.


O pregão eletrônico ocorreu no dia 1º de setembro e tinha como objetivo registrar preços para a aquisição de equipamentos que ampliariam o sistema de segurança e conectividade do município da Baixada Santista. Duas semanas depois, no dia 15 de setembro, o ex-delegado e secretário de Administração foi executado com tiros de fuzil ao sair da Prefeitura de Praia Grande.


Investigação


No dia 29 de setembro, o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) cumpriu mandados de busca e apreensão ligados a funcionários da Prefeitura de Praia Grande. Entre eles, Sandro Rogério Pardini, subsecretário de Gestão de Tecnologia, teve apreendidos R$ 50 mil, US$ 10.030 e 1.135 euros. Pardini pediu exoneração do cargo no dia 3 de outubro.


Outros quatro servidores de Praia Grande também foram alvos da operação: um agente de fiscalização da Secretaria de Urbanismo, um agente da Secretaria de Administração, um engenheiro e uma diretora da Secretaria de Planejamento. Foram apreendidos celulares, equipamentos eletrônicos, armas e quantias em dinheiro.


Os advogados de Sandro Pardini alegam que o cliente nega veementemente toda e qualquer participação, seja ela direita ou indireta nos fatos que estão sendo apurados. Acrescentaram ainda que Pardini está à disposição das autoridades para colaborar, naquilo que estiver ao seu alcance, no efetivo esclarecimento do crime.


Relembre o caso


Ruy Ferraz Fontes foi fuzilado em 15 de setembro após encerrar o expediente na Prefeitura de Praia Grande, onde era secretário de Administração. Ele foi perseguido, teve o carro prensado por um ônibus e, na sequência, foi alvo de tiros.


Nessa hora, os bandidos desembarcaram do carro portando fuzis e efetuaram diversos disparos contra o ex-delegado-geral de São Paulo. As investigações apontam que o crime foi minuciosamente planejado e executado de forma ostensiva, em rua movimentada, com emprego de armas potentes.


Como delegado, Ruy Ferraz Fontes ficou conhecido por seu trabalho contra o Primeiro Comando da Capital (PCC).


Cinco presos e um morto


Até o momento, estão presos Felipe Avelino da Silva, conhecido como "Mascherano"; Willian Silva Marques, proprietário da casa usada como base pelos criminosos; Rafael Marcell Dias Simões, o Jaguar; Dahesly Oliveira Pires e Luiz Henrique Santos Batista, conhecido como Fofão.


Ainda estão foragidos e com prisão decretada Flávio Henrique Ferreira de Souza e Luiz Antônio Rodrigues de Miranda, apontado como sendo o responsável por organizar o transporte do fuzil do crime e de dirigir o carro usado no assassinato.


Umberto Alberto Gomes, oitavo suspeito identificado pela participação na execução, foi morto no dia 30 de setembro após trocar tiros com policiais civis no Estado do Paraná. Segundo a Secretaria de Segurança, ele foi apontado como sendo o possível atirador na noite da execução.

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