Foi preso nesta quinta-feira (30) um dos
principais operadores financeiros da facção criminosa Primeiro Comando da
Capital (PCC). O suspeito foi localizado em Porto Seguro, no Extremo Sul da
Bahia, dentro de um veículo no centro da cidade. A investigação do Ministério
Público de São Paulo (MPSP) apura crimes de lavagem de dinheiro e associação
criminosa.
De acordo com o Ministério Público da
Bahia (MPBA), responsável por efetuar a prisão, as investigações da operação
Off White apontam que o suspeito atuava na intermediação de dinheiro com origem
no tráfico de drogas entre a facção, traficantes e empresários.
O esquema de lavagem teria sido iniciado
após membros do grupo criminoso passarem por desentendimentos durante
negociações. Por conta disso, o grupo passou a realizar transações imobiliárias
e financeiras para dissipar o patrimônio e ocultar os verdadeiros beneficiários
e a origem ilícita dos bens e valores.
O homem preso em Porto Seguro, que não
teve a identidade revelada, era responsável por investir o dinheiro do tráfico,
transformando os valores em atividades empresariais lícitas.
A prisão foi efetuada pelo MPBA, por meio do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado e Investigações Criminais (Gaeco Sul), em parceria com a Polícia Militar da Bahia (CPR-ES e CIPT-ES) e com a Polícia Federal de Porto Seguro. A operação Off White foi deflagrada pelo MPSP na cidade de Campinas, onde foram cumpridos ao menos oito mandados de prisão e onze de busca e apreensão. A Justiça determinou o sequestro de doze imóveis de alto padrão e o bloqueio de valores bancários dos investigados.
Durante a manhã desta quinta, o
influenciador Eduardo Magrini, conhecido como Diabo Loiro, foi detido em um
desdobramento da mesma operação. Além dele, três outros suspeitos foram presos
nas cidades de Campinas, Artur Nogueira e Mogi Guaçu, no interior de São Paulo.
Segundo a promotoria, a investigação identificou uma rede formada por empresários, agiotas, traficantes e influenciadores digitais. Nas redes sociais, Magrini se apresentava como produtor rural e influenciador digital, exibindo carros de luxo, viagens e relações com figuras conhecidas. Apesar da imagem pública, ele possui antecedentes criminais por homicídio, formação de quadrilha, receptação e uso de documentos falsos.




