Enquanto o governo municipal de Paulo
Afonso, liderado por Mário Galinho, investe pesado em divulgação de festas e
eventos como se a cidade estivesse em plena normalidade, a realidade nas ruas,
hospitais e centros comerciais revela um cenário crítico e alarmante. A
população vive um cotidiano marcado por negligência, falta de planejamento e
ausência de políticas públicas eficazes.
Saúde em estado terminal
O Hospital Regional de Paulo Afonso
(HRPA) encontra-se em situação deplorável. O equipamento de tomografia está
quebrado há mais de um mês, impossibilitando diagnósticos essenciais. Não há
plantonistas para realizar ultrassonografias, faltam leitos e o fechamento do
Hospital Nair Alves de Souza agravou ainda mais o caos. Estima-se que mais de
400 cirurgias eletivas estejam paradas na fila de regulação, sem qualquer
perspectiva de resolução. Enquanto o SUS paulista conseguiu eliminar filas com
gestão eficiente, Paulo Afonso segue sem um programa estruturado, refém da
inércia administrativa.
Embora a Secretaria de Saúde tenha
anunciado recentemente o retorno das cirurgias eletivas, a falta de
transparência nas informações coloca em dúvida a efetividade da ação. A
população lembra que promessas semelhantes foram feitas anteriormente e não se concretizaram.
Sem cronograma claro, sem divulgação dos critérios de prioridade e sem
prestação de contas pública, o anúncio soa mais como tentativa de conter
críticas do que como solução real.
Cães de rua e acidentes: uma bomba
urbana
A cidade convive com cerca de 9 mil cães
abandonados, que circulam livremente pelas ruas, provocando acidentes e
colocando em risco a saúde pública. A ausência de um canil municipal de
urgência escancara o despreparo da gestão para lidar com problemas básicos de
urbanização e segurança sanitária.
Governo sem rumo: improviso como
política
As recentes mudanças na administração
revelam que o governo não possui um plano de gestão sólido. A sensação é de que
se está “trocando o pneu com o carro em movimento”, sem direção clara. O caso
dos comerciantes do Ceasa é emblemático: eles aguardam há meses por reformas
nos banheiros, reforço na segurança e ações culturais que estimulem o comércio.
Até agora, nada foi feito.
Emprego e renda: teoria sem prática
A geração de emprego segue como promessa
vazia. Workshops e palestras são oferecidos como solução, mas não passam de
ações teóricas sem impacto real na vida dos cidadãos. A população clama por
projetos concretos, que tragam dignidade e oportunidades, mas o governo parece
anestesiado diante da crise.
Mídia e festas: cortina de fumaça
Enquanto isso, a prefeitura segue
investindo em publicidade e festas, tentando mascarar os problemas com uma
falsa sensação de normalidade. A estratégia midiática ignora os clamores da
população e transforma a gestão pública em espetáculo, deixando de lado as
urgências reais da cidade.
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