Ainda repercute na imprensa baiana, a
última denúncia feita a respeito das possíveis irregularidades no Programa
Educação para Jovens e Adultos (EJA), no município de Cipó-BA.
De acordo com o Portal do Casé, o
relatório do Tribunal de Contas dos Municípios, teria concluído que "não
há respaldo legal para o funcionamento de turmas da rede cipoense em território
tucanense". Além disso, o portal cita também o depoimento da
Coordenadora Municipal EJA, Calliane Santos da Silva, que afirmou
ter encontrado aulas em residências particulares nos povoados: Canoas,
Caminho Velho, e São Félix. Embora se trate de território tucanense,
os alunos estavam utilizando uniformes e materiais da Prefeitura de Cipó. Já no
outro município vizinho, Ribeira do Amparo-BA, uma professora teria admitido
lecionar na cidade em questão, porém com contrato firmado com a prefeitura
municipal de Cipó, que paga os salários, e custeia a merenda escolar.
O Conselheiro do Tribunal de Contas,
Nelson Pellegrino já notificou o prefeito José Marques Reis (Marquinhos do
Itapicuru), para que este apresente defesa comprovando as informações do Censo
Escolar, e os valores de repasses recebidos entre 2020 e 2025, porém negou a
suspensão imediata dos repasses do FUNDEB. As investigações seguem em curso
pelo Tribunal. Relembre
o caso
Após dias de silêncio, a gestão municipal voltou a se pronunciar à imprensa. Ao Portal do Casé, Marquinhos afirmou que o município tem a EJA descentralizada, atendendo a pessoas que moram na região da divisa e buscam os serviços públicos na cidade administrada por eles: "Eu, por exemplo, moro na região conhecida como Itapicuru. Na divisa de municípios, existem pessoas que fazem tudo em Cipó. Na questão da educação, envolvendo o EJA, nós temos os polos descentralizados", sustentou. Tal declaração foi vista como uma confissão de que Cipó implementou a EJA em territórios alheios.

