A Braskem fechou
um acordo com o governo de Alagoas para pagar R$ 1,2 bilhão em
indenizações pelos desmoronamentos de solo em Maceió. O desastre foi
causado pela extração de sal-gema feita pela empresa. O pagamento será feito em
dez anos.
Segundo comunicado da Braskem, R$ 139
milhões já foram pagos. O restante será quitado em parcelas anuais, com
correções, principalmente depois de 2030. O valor cobre danos patrimoniais e
morais sofridos pelo estado.
O acordo também prevê o fim da ação
judicial movida pelo governo contra a empresa. A homologação ainda depende da
Justiça.
A Braskem afirmou que o acerto é um
avanço importante diante dos impactos do desastre.
O que aconteceu em Maceió
O problema começou em 2018. A extração
de sal-gema causou afundamento do solo em cinco bairros: Pinheiro, Mutange,
Bebedouro, Bom Parto e Farol. Mais de 60 mil pessoas tiveram que deixar suas
casas.
Em 2023, a prefeitura decretou estado de
emergência por risco de colapso em uma das minas. A Defesa Civil passou a
monitorar o solo diariamente.
A Polícia
Federal (PF) investigou o caso e indiciou 20 pessoas. O processo
está na 2ª Vara Federal de Alagoas.
Em julho de 2025, a Defensoria Pública
pediu R$ 4 bilhões em indenizações por perdas no valor dos imóveis.
Sobre a Braskem
A Braskem é controlada pela Novonor
(antiga Odebrecht). A Petrobras também é sócia, com 47% das ações com direito a
voto.



