Um grupo com 41 venezuelanos foi deixado
na rodoviária de Montes
Claros, no Norte de Minas, na madrugada deste sábado (15), após ser
trazido em um ônibus que saiu da cidade de Itabuna, na Bahia.
O motorista foi ouvido pela Guarda
Municipal e contou ter sido contratado pela Prefeitura de Itabuna para
transportar as famílias até Montes Claros, deixá-las no terminal e retornar.
Ele disse ter saído da cidade baiana por volta das 13h de sexta-feira (14) e
chegado a Montes Claros à 1h40.
Um venezuelano que seria responsável
pelo grupo relatou que eles estavam morando em uma casa com todas as despesas
pagas pela Prefeitura de Itabuna. Entretanto, os pagamentos teriam sido
interrompidos, e as famílias foram deixadas na rua, segundo o líder do grupo. (Leia
abaixo o posicionamento da prefeitura de Itabuna)
Segundo a Prefeitura de Montes Claros,
o grupo é composto por 27 crianças e 14 adultos, sendo quatro
gestantes. Eles estão no Brasil há cinco anos, sendo dois deles em Itabuna.
A prefeitura mobilizou equipes de várias
secretarias para acolher os venezuelanos, que foram identificados e encaminhados
para o Ginásio Ana Lopes, onde receberam suporte inicial e serão
acompanhados pelas equipes técnicas até que novas medidas sejam definidas.
"A Prefeitura de Montes Claros
reforça seu compromisso com a proteção social, a dignidade humana e a atuação
responsável diante de situações emergenciais, ao mesmo tempo em que esclarece
que não participou, não autorizou e não foi previamente comunicada sobre o
transporte e o desembarque dessas famílias", disse o município por meio de
Nota.
A Polícia Federal informou ao g1 que
foi acionada e que a documentação será analisada quanto às questões de
imigração.
O que diz a Prefeitura de Itabuna
Em nota enviada à Inter TV, a Prefeitura
de Itabuna esclareceu que os líderes do grupo decidiram que queriam ser
transferidos para Montes Claros durante uma reunião realizada na última
quarta-feira (12).
"Com a decisão coletiva, os líderes
solicitaram à Prefeitura a cessão de um ônibus para que o grupo integrado por
sete famílias, um total de 41 pessoas, sendo sete homens, sete mulheres e 27
crianças, fizesse a viagem. Além disso, pediram mantimentos e fraldas para a
jornada à cidade mineira".
Ainda segundo a nota, os venezuelanos
foram acolhidos na cidade com assistência à saúde e à educação.
"Com o apoio do Ministério Público
Federal (MPF), Ministério Público estadual (MP-BA) e Delegacia da Polícia
Federal, em Ilhéus, teve o desarquivamento dos processos de refúgio no Brasil
no Sisconare, inclusive com a expedição da Carteira de Registro Nacional
Migratório, visando à legalidade do documento para a continuidade do acesso às
políticas públicas e garantia de documentação".
O município informou também que os
caciques assinaram Termo de Declaração junto à equipe técnica do POP
Acolhimento do Centro de Referência Especializado para População em Situação de
Rua (Centro Pop) confirmando o desligamento voluntário e por demanda espontânea.
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