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Quatro anos sem Marília Mendonça: o legado da Rainha da Sofrência

A morte de Marília Mendonça completa 4 anos nesta quarta-feira (5), marcando um dos momentos mais tristes da história recente da música brasileira. No dia 5 de novembro de 2021 o Brasil se despedia de uma das vozes mais autênticas e influentes da música sertaneja. Marília Mendonça, que tinha apenas 26 anos, morreu em um acidente aéreo em Minas Gerais, após embarcar em Goiânia ao lado do produtor Henrique Ribeiro e do assessor e tio, Abicieli Silveira Dias Filho. Reconhecida como uma das grandes responsáveis pelo fortalecimento do sertanejo feminino, a artista construiu uma trajetória marcada por sucessos, prêmios e pela criação do estilo conhecido como feminejo, que abriu espaço para mais mulheres no gênero.

Marília Dias Mendonça nasceu em 22 de julho de 1995, em Cristianópolis, Goiás, e cresceu em Goiânia. Sua carreira começou de forma modesta, com apresentações em festas e pequenos eventos locais, mas logo chamou a atenção de produtores musicais. Em 2015, lançou o álbum Marília Mendonça – Ao Vivo, que trouxe hits como "Infiel" e "Eu Sei de Cor", consagrando seu nome como a nova potência da música sertaneja. Com seu jeito espontâneo e letras sinceras, Marília ganhou o coração do público e se tornou a principal representante da sofrência, vertente marcada por composições sobre amores e desilusões.

Em 2017, com o álbum Realidade – Ao Vivo em Manaus, consolidou ainda mais seu sucesso, apresentando faixas icônicas como "Amante Não Tem Lar" e "De Quem É a Culpa?". Entre seus outros grandes sucessos estão "Ciumeira", "Bem Pior Que Eu" e "Bebi Liguei", que dominaram as paradas e a transformaram em uma das artistas mais ouvidas do país.

Além da carreira solo, Marília Mendonça se destacou por parcerias marcantes com nomes como Maiara & Maraisa, Henrique & Juliano e Zé Neto & Cristiano, reforçando sua influência no cenário musical. Sua autenticidade e talento também a levaram a conquistar prêmios importantes, como o Grammy Latino, e a bater recordes de visualizações nas plataformas digitais. Mesmo após sua morte, suas músicas continuam entre as mais tocadas do Brasil.

Quatro anos depois de sua partida, o legado de Marília Mendonça segue mais vivo do que nunca. Suas letras, sua voz e sua presença continuam emocionando milhões de fãs.

No último domingo (2), Dia de Finados, admiradores de várias partes do país visitaram o túmulo da cantora em Goiânia para prestar homenagens e celebrar a memória de uma das maiores artistas que o Brasil já teve.

Marília Mendonça tem 200 gravações de músicas inéditas, afirma empresário

Um acervo com cerca de 200 gravações de músicas inéditas de Marília Mendonça deve ser lançado ao longo dos próximos 20 anos, segundo o empresário Wander Oliveira, responsável por administrar a obra da artista. Há um pen drive com mais de 100 faixas gravadas pela cantora, que se tornou alvo de disputas entre aqueles envolvidos em preservar seu legado.

Mesmo após quatro anos de sua partida, Marília Mendonça continua presente nas paradas musicais e mantém forte conexão com os fãs. Atualmente, a cantora possui mais de 11 milhões de ouvintes mensais no Spotify. A canção "Leão", lançada de forma póstuma em 2022, já ultrapassa quase meio bilhão de reproduções na plataforma. Além disso, em 2023, foi lançado o disco "Decretos Reais", mostrando que ainda há muito material inédito a ser explorado.

Segundo Wander Oliveira, o planejamento é lançar em torno de 10 músicas por ano, o que garante conteúdo para duas décadas. Ele revelou que existe um pen drive com 100 a 110 registros da "Rainha da Sofrência", incluindo composições próprias, gravações caseiras em voz e violão e interpretações de canções de outros artistas. "Para mim, esse pen drive pertence ao Léo [filho de Marília com o cantor Murilo Huff]. Gostaria que, quando ele tivesse maturidade, fosse entregue a ele, para decidir o que fazer. Isso é a história da mãe dele", afirmou.

O acervo está atualmente sob responsabilidade da família — o filho Léo, sua avó Ruth, Murilo Huff —, além da Workshow, empresa de Wander, e a gravadora Som Livre, que detém os direitos comerciais do material produzido em vida. No entanto, as negociações em torno dessas músicas estão paralisadas. De acordo com o advogado da família, Robson Cunha, "o Murilo obrigatoriamente precisa assinar todos os contratos que envolvem o Léo, o que ainda não aconteceu".

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