Após a fiscalização do Ministério do Trabalho resgatar seis trabalhadores em condição de trabalho escravo em uma fazenda do cantor Leonardo, em Jussara, o advogado do sertanejo revelou que ele teria indenizado as vítimas com R$ 225 mil, além de realizar o pagamento de uma multa de R$ 94.063,24.
"Nós resolvemos todos os problemas da fazenda, mesmo estando arrendada. Foram pagas todas as indenizações a essas pessoas e aceitamos o acordo proposto pelo Ministério Público", informou o advogado Paulo Vaz ao G1.
O acordo foi realizado entre a Defensoria Pública da União (DPU), o Ministério Público do Trabalho (MPT) e o sertanejo, após Leonardo afirmar que não tinha conhecimento da situação após ser notificado pelas autoridades. Na ocasião, o famoso chegou a compartilhar um vídeo nas redes sociais após ter seu nome incluído na "lista suja" de trabalho escravo movida pelo ministério.
De acordo com o documento do acordo, Leonardo foi multado a realizar o pagamento da indenização de cinco trabalhadores no valor de R$ 35 mil. E de R$ 50 mil ao adolescente de 17 anos que foi encontrado no local. No total, foram 18 pessoas resgatadas da propriedade.
Ao G1, O Ministério Público do Trabalho confirmou que o trio sertanejo realizou o pagamento das indenizações e o caso foi arquivado.
O documento também informava que o cantor tinha a obrigação contratual de entregar parte da Fazenda Lakanka pronta para o plantio, para garantir que o solo estivesse limpo. O arrendatário era responsável por executar o planejamento na região. Devido a isso, mesmo que o arrendatário que tinha a responsabilidade com o planejamento, Leonardo ainda era responsável pelas outras etapas, assim como os termos de execução de pagamento para os trabalhadores.
"Como a matrícula estava em nome do Leonardo, o Ministério Público do Trabalho propôs a ação. Na audiência, a gente apresentou o contrato de locação e aí tudo foi esclarecido, mas pra que evitasse qualquer tipo de problema, nós pagamos todas as verbas indenizatórias naquele momento mesmo e tudo ficou sanado", declarou o advogado.
Nas redes sociais, Leonardo desabafou sobre o ocorrido. "Surgiu um funcionário lá nessa fazenda que eu arrendai, que eu não conheço, nunca vi falar, nunca vi, e de repente fui visitado pelo Ministério Público do Trabalho, e foi lavrada uma pra mim, pra mim que sou o proprietário da fazenda. “Gente, eu já plantei tomate, eu sei como é que é. A vida é muito difícil lá, então, jamais faria isso. Eu não me misturo, eu não me misturo nessa lista aí que eles fizeram aí de trabalho escravo", informou.
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