Alguns deputados federais manifestaram
arrependimento nas redes sociais após votarem a favor da chamada PEC da
Blindagem. A proposta foi aprovada na Câmara dos Deputados na última
terça-feira (16), com 344 votos favoráveis e 133 contrários.
O deputado Pedro Campos (PSB), irmão do
prefeito do Recife, João Campos (PSB), e líder do partido na Casa, publicou um
vídeo admitindo o erro.
“Nós, do campo progressista, tínhamos
duas posições possíveis. Uma era dizer que não aceitaríamos discutir nenhum
ponto dessa PEC, e arriscar que a anistia passasse, além de ver pautas
importantes do governo, como a tarifa social de energia e o Imposto de Renda,
boicotadas. A outra era discutir o texto da PEC, tentar retirar os maiores
absurdos e buscar um caminho para barrar a anistia e avançar nas pautas
populares”, explicou o parlamentar.
Em nota de retratação divulgada nas
redes sociais, Merlong Solano (PT) pediu desculpas ao povo do Piauí e, em
especial, ao seu partido pelo voto. “Não pensem que foi uma decisão fácil. Na
política, por vezes somos levados a fazer escolhas difíceis, que exigem
renúncias e sacrifícios”, escreveu.
Outra parlamentar que se desculpou com
os eleitores e que chegou a anunciar sua desfiliação do partido após a
polêmica, foi Silvye Alves (União Brasil). “Eu segui minha intuição e votei
contra. A partir desse momento, comecei a receber muitas ligações de pessoas
influentes do Congresso Nacional. Disseram que, com a votação contrária, eu
sofreria muitas retaliações”, contou.
Silvye acrescentou que, diante da
pressão, foi “covarde” e mudou seu voto para que a PEC fosse aprovada.
Por fim, o deputado Thiago de Joaldo (PP) afirmou que, após a votação, passou a se informar melhor sobre o tema.”Recebi ligações de especialistas, me atentei mais à proposta. Reconheço que falhei, peço desculpas e trabalharei para corrigir”, disse.
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