A médica Daniele Barreto, de 46 anos,
acusada de envolvimento na morte
do marido Lael Rodrigues, foi encontrada morta, na tarde desta
terça-feira (9), horas
depois de retornar ao Presídio Feminino em Nossa Senhora do Socorro. A
informação foi confirmada pelo advogado dela, Fábio Trindade.
Ela
havia passado por uma audiência de custódia, quando foi definido que
ela teria acompanhamento médico no presídio, após a defesa alegar que a médica
possuía Transtorno de Personalidade Borderline (TPB).
"Danielle foi retirada de um
tratamento, já dizia, já constava nos autos, que era um tratamento por tempo
indeterminado", disse o advogado sobre a retirada da médica da clínica
psiquiátrica.
Antes da audiência, ela estava internada
em uma clínica psiquiátrica, desde o dia 1º de setembro. O motivo do
internamento não foi divulgado. A prisão
domiciliar da médica foi revogada pelo STF no fim do mês de
agosto.
A Secretaria de Justiça de Sergipe
informou que ela foi encontrada com sinais aparentes de suicídio. Uma equipe do
Samu foi acionada o constatou o óbito. As circunstâncias da morte serão
investigadas.
A médica foi presa no dia 12 de novembro
do ano passado, com outras
seis pessoas suspeitas de envolvimento na morte do marido dela no
dia 18 de outubro de 2024. Após passar um período em uma delegacia da capital
sergipana, ela foi
transferida para o Presídio Feminino em Nossa Senhora do Socorro no dia 10 de
janeiro de 2025.
Em maio deste ano, Daniele teve a prisão convertida em domiciliar e deixou a residência no 1º de setembro após passar mal e ser levada para um clínica psiquiátrica. A internação aconteceu um dia após a prisão domiciliar dela ser revogada.
A primeira
audiência sobre o caso havia sido realizada no dia 22 de agosto no
Fórum Gumersindo Bessa, em Aracaju. No
dia 6 de setembro, advogados
que faziam parte da equipe de defesa da médica no processo se retiraram do
caso, após alegarem inadimplência contratual.
Encomenda do crime
O advogado
criminalista José Lael Rodrigues Júnior, de 42 anos, assassinado a
tiros no dia 18 de outubro de 2024, na Zona Sul de Aracaju, quando dois
homens desceram em uma motocicleta dispararam contra o carro em que estava
junto com o filho. Ambos foram baleados e socorridos, mas o
advogado não resistiu.
Imagens de câmeras de segurança mostram
que cerca de 1h30 antes da execução, a amiga e a secretária da médica são
vistas conversando com os homens dentro do carro, e depois são deixadas no
condomínio de uma delas.
De acordo com as investigações, o
advogado e o filho dele saíram na noite do crime, no dia 18 de outubro, até uma
lanchonete para comprar açaí, a pedido da mulher. Ela
teria informado a localização deles aos executores.
Após sair de casa, o carro do advogado é
seguido por uma motocicleta e por um carro, que teria sido alugado pela amiga
dela. Ele foi atingido com três tiros e o filho por um. O jovem dirigiu o carro
até um hospital particular, mas o pai já estava morto. Ele foi socorrido e
sobreviveu.
Outras imagens de dias anteriores mostram que a amiga da médica e a secretária estiveram algumas vezes no Bairro Santa Maria, em Aracaju. Um morador do bairro e outro homem ligado a ele, que está foragido, teriam executado o assassinato.
G1 Sergipe