Lançado em um megaevento da Apple nesta terça-feira (9/9),
na sede da companhia, em Cupertino, na Califórnia (Estados Unidos), o iPhone 17
era o produto mais esperado do ano no mercado de tecnologia e já começa a
despertar interesse também do público brasileiro.
A Apple apresentou também o iPhone 17 Air, um modelo
“ultrafino”, o iPhone 17 Pro e as novas versões do Apple Watch e dos fones de
ouvido AirPods Pro 3 – leia aqui todos os detalhes de cada modelo.
Nos EUA, o iPhone 17 terá preço a partir
de US$ 999. A versão iPhone 17 Air sairá a partir de US$ 999. A linha Pro, a
partir de US$ 1.099. A pré-venda nos EUA está prevista para o dia 16 de
setembro.
No Brasil, por sua vez, os interessados
em adquirir o mais novo modelo do iPhone devem começar a preparar o bolso –
porque o investimento será pesado.
O iPhone 17 Pro deve custar a partir de
R$ 7.999. O iPhone 17 Pro Max, a partir de R$ 12.499.
O iPhone 17 Air deve variar entre R$
10.499 e R$ 13.499.
O iPhone 17 Pro deve sair por algo entre
R$ 11.499 e R$ 14.499.
Finalmente, os preços do iPhone 17 Pro
Max devem variar entre R$ 12.499 e R$ 18.499 – que seria o valor mais alto no
país.
A pré-venda da nova geração do iPhone no
Brasil começa no dia 16 de setembro. A venda terá início no dia 19.
Veja quanto devem custar os diferentes
modelos do iPhone 17 no Brasil
iPhone 17
R$ 7.999 (256GB)
R$ 9.499 (512GB)
iPhone 17 Air
·
R$
10.499 (256GB)
·
R$
11.999 (512GB)
·
R$
13.499 (1TB)
iPhone 17 Pro
·
R$
11.499 (256GB)
·
R$
12.999 (512GB)
·
R$
14.499 (1TB)
iPhone 17 Pro Max
·
R$
12.499 (256GB)
·
R$
13.999 (512GB)
·
R$
15.999 (1TB)
·
R$
18.499 (2TB)
·
Preços mais
altos e o fator tarifaço
·
Os novos modelos anunciados pela Apple já embutem um aumento nos
preços. Segundo estimativas do mercado, os valores cobrados nos EUA tiveram um acréscimo de pelo menos
US$ 50, com exceção da versão-base.
·
Isso se deve, em grande parte, aos efeitos do tarifaço comercial
imposto pelo presidente dos EUA, Donald Trump, a uma série de produtos
fabricados na China e
exportados para os norte-americanos.
·
Atualmente, cerca de 80% dos iPhones são montados na China.
Apenas no segundo trimestre deste ano, as novas taxas representaram um impacto
de US$ 900 milhões para a Apple, fabricante do iPhone.
·
A alta nos preços também é consequência do novo design dos
aparelhos e de uma crescente demanda por dispositivos da marca. Dados de
operadores de telefonia indicam um crescimento de cerca de 22% nas vendas de
iPhone no segundo trimestre.
·
O preço mais alto no Brasil, se comparado aos EUA, também é
explicado pelo peso dos tributos no país. Além do imposto de importação, há uma
série de outras cobranças nos âmbitos estadual e federal e, ainda, despesas
logísticas de distribuição.
·
A valorização do dólar, que afeta diretamente o cálculo final
dos aparelhos, também ajuda a pesar no bolso do consumidor final. Geralmente, o
preço nos EUA é cerca de 40% menor do que o praticado pela Apple no Brasil.
·
Tendo como base a cotação atual do dólar, o iPhone 17 teria, em
tese, um preço estimado de US$ 1.049 (cerca de R$ 5.696,07), enquanto o iPhone
17 Pro Max custaria US$ 1.249 (R$ 6.782,07).
·
No ano passado, o iPhone 16 chegou ao Brasil com preço inicial
de R$ 7,8 mil (versão-padrão). Os modelos premium custavam a partir de R$ 9,5
mil.
Guerra
tarifária entre EUA e China
O aumento nos
preços do iPhone poderia ter sido bem maior. No mês passado, Donald Trump assinou uma
ordem executiva que prorrogou por mais 90 dias a suspensão de tarifas
comerciais sobre produtos da China.
O confronto
começou após Trump anunciar, em 2 de abril, um aumento de tarifas sobre
diversos países, incluindo a China, que recebeu uma das maiores elevações: 34%,
somados aos 20% já cobrados anteriormente sobre produtos chineses. Em resposta,
Pequim anunciou, em 4 de abril, a aplicação da mesma taxa de 34% sobre todas as
importações americanas.
A Casa Branca
reagiu rapidamente, estabelecendo um prazo até o meio-dia de 8 de abril para
que a China retirasse as tarifas. Caso contrário, o país seria alvo de mais 50
pontos percentuais de imposto, totalizando 104% nas alíquotas aplicadas. O
governo chinês não cedeu e afirmou estar pronto para “revidar até o fim”.
Cumprindo a ameaça, Trump anunciou a elevação das tarifas para o patamar
prometido.
No dia
seguinte, 9 de abril, Pequim respondeu ampliando as tarifas sobre produtos
americanos de 34% para 84%, equiparando-se ao aumento imposto por Washington.
No mesmo dia, Trump declarou uma pausa no tarifaço contra mais de 180 países,
mas manteve a China como exceção, elevando as tarifas para 125%.
Em 10 de abril,
a Casa Branca esclareceu que os 125% seriam somados aos 20% já existentes,
resultando numa alíquota total de 145% sobre produtos chineses.
A escalada
terminou em 11 de abril, quando o governo chinês aumentou suas tarifas para
125% sobre mercadorias norte-americanas, encerrando uma sequência de
retaliações que marcou mais um capítulo da longa disputa comercial entre os
dois países.
No dia 12 de
maio, EUA e China anunciaram um acordo preliminar que suspendeu as tarifas
comerciais de parte a parte por 90 dias, para diminuir as tensões geradas pela
guerra comercial travada pelas duas potências desde o início do ano.
Durante esse
período, a China reduziu as taxas sobre produtos dos EUA de 125% para 10%,
enquanto Washington baixou as tarifas de 145% para 30%.
Em 11 de
agosto, finalmente, um dia antes do fim do prazo, EUA e China anunciaram a
prorrogação da suspensão das tarifas por mais 90 dias.