Umberto Alberto Gomes, de 39 anos, apontado como o oitavo envolvido na execução do ex-delegado-geral de São Paulo e secretário de Administração de Praia Grande, Ruy Ferraz Fontes, foi morto na manhã desta terça-feira (30) durante uma ação policial em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba (PR).
A operação foi conduzida de forma conjunta pelas Polícias Civis do Paraná e de São Paulo. Segundo informações da Secretaria da Segurança Pública paulista, Umberto estava foragido desde que teve sua prisão decretada pela Justiça no dia 23 de setembro. Ele foi localizado por investigadores após fugir para o Paraná, mas reagiu à abordagem e acabou sendo baleado, vindo a óbito no local.
Equipes do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) já estavam no estado desde o último sábado (27), realizando diligências para capturar o suspeito. A identificação de Umberto ocorreu após a perícia encontrar suas impressões digitais em uma residência utilizada pelos criminosos em Mongaguá, cidade litorânea vizinha a Praia Grande.
Novas pistas em Mongaguá
Durante as investigações, os policiais descobriram um segundo imóvel que teria servido de apoio ao grupo responsável pelo assassinato. No local, foram coletadas diversas digitais que estão sendo comparadas com as encontradas em outra casa em Praia Grande, onde também foram reunidas evidências da ação criminosa.
Andamento das investigações
O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) continua apurando os detalhes do caso. Até o momento, quatro suspeitos foram presos, incluindo um dos possíveis autores dos disparos. Outros três indivíduos seguem foragidos e são procurados pelas autoridades.
O crime
Ruy Ferraz Fontes foi morto a tiros na noite de 15 de setembro, após deixar o trabalho na Prefeitura de Praia Grande. A emboscada envolveu perseguição em alta velocidade e mais de 20 disparos de fuzil contra o veículo do ex-delegado. Os carros usados pelos criminosos foram abandonados e um deles incendiado, numa tentativa de eliminar provas.
As autoridades acreditam que o Primeiro Comando da Capital (PCC) esteja por trás do crime. Fontes já havia sido jurado de morte pela facção e escapou de uma tentativa de execução em 2019, após a transferência de Marcola, líder do grupo, para um presídio federal. A motivação do assassinato ainda está sendo investigada — podendo estar relacionada tanto à sua atuação na Polícia Civil quanto ao cargo que ocupava na administração municipal.
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