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Justiça decreta falência da Oi e empresa seguirá operando serviços essenciais

Na última segunda-feira (10), o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro decretou a falência do Grupo Oi, encerrando o segundo processo de recuperação judicial da operadora e confirmando que a empresa não conseguiu reverter a grave crise financeira que enfrenta há anos. Um decisão foi tomada pela 7ª Vara Empresarial após o administrador judicial, Bruno Rezende, pedir o reconhecimento da insolvência na semana passada.

Mesmo com a falência decretada, a Oi continuará funcionando provisoriamente para assegurar a prestação de serviços essenciais enquanto ocorre a transição para outras operadoras. Entre os atendimentos que serão mantidos estão a conectividade de órgãos públicos, telefonia em áreas remotas, suporte à Caixa Econômica Federal e serviços ligados ao sistema de controle do espaço aéreo.

A juíza Simone Gastesi Chevrand apontou que a companhia já se encontrava em situação de "liquidação substancial", com dívidas superiores à capacidade de pagamento e queda contínua de ativos. Segundo o processo, a Oi acumulava R$ 1,7 bilhão em débitos com fornecedores for a do plano de recuperação, meio bilhão a mais que em junho.

Com a falência, todos os pagamentos passam a ser concentrados no juízo da massa falida. A empresa deverá apresentar a lista de credores, que será publicada em edital. Cada credor terá 15 dias para habilitar valores ou contestar divergências. Os funcionários permanecem contratados e a massa falida assumem o pagamento dos salários enquanto a operação continuar ativa.

A decisão também determina o afastamento da diretoria e do Conselho de Administração. O comando total da companhia passa ao administrador judicial, que deverá conduzir a liquidação ordenada dos ativos, garantindo a continuidade dos serviços até a migração definitiva.

A Oi já enfrentava dificuldades desde 2016, quando ingressou no primeiro pedido de recuperação judicial para reorganizar mais de R$ 60 bilhões em dívidas. Parte de suas operações chegou a ser vendida para outras empresas do setor, mas o processo não impediu o agravamento da crise, o que levou a um novo pedido de recuperação em 2023, agora convertido em falência.

O Ministério das Comunicações afirmou que acompanhará os efeitos da decisão judicial e que trabalha para garantir que os serviços de telecomunicações sigam funcionando, mesmo que sob responsabilidade de outras operadoras.

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