Segundo a denúncia apresentada pelo MP-BA, o chefe do executivo Jilson Cardoso teria mantido o vínculo como servidor enquanto já ocupava outros cargos públicos, acumulando salários de forma irregular. O órgão sustenta que o ato configura enriquecimento ilícito e violação aos princípios da administração pública, com a conivência de Marlene Cardoso, então diretora da unidade escolar onde ele estava lotado.
O processo, de número 0000133-03.2011.8.05.0047, segue em tramitação e foi recentemente movimentado. Em 31 de outubro de 2025, o juiz Cícero Alisson Bezerra Barros determinou a intimação pessoal dos réus para que regularizem a representação processual — isto é, constituam novo advogado — e se manifestem, no prazo de 15 dias, sobre as alterações trazidas pela nova Lei nº 14.230/2021, que reformou a antiga Lei de Improbidade Administrativa.
O magistrado também ordenou que, após o cumprimento dessas medidas, o processo retorne concluso para decisão, indicando que o caso ainda se encontra em fase de análise preliminar.
A ação do MP-BA ainda não teve julgamento de mérito, e os réus terão oportunidade de apresentar defesa. Caso sejam condenados, as sanções previstas na legislação incluem suspensão dos direitos políticos, perda da função pública, multa civil e proibição de contratar com o poder público.
Histórico de Irregularidades
Não é a primeira vez que o prefeito Jilson Cardoso enfrenta questionamentos legais. Em outras ocasiões, o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) já aplicou sanções por irregularidades administrativas, reforçando o histórico de controvérsias em sua gestão.
Promoção Pessoal com Verba Pública.
Paralelamente, o MP/BA instaurou um Inquérito Civil para apurar o uso das redes sociais da Prefeitura de Canudos — especialmente o perfil oficial no Instagram — para promover a imagem pessoal do prefeito Jilson Cardoso e do ex-prefeito Genário Rabelo de Alcântara Neto, atual chefe de gabinete.
Segundo a denúncia anônima que motivou o inquérito, eventos como a “Cavalgada de Canudos” estariam sendo vinculados à imagem dos gestores, com uso de recursos públicos para fins de autopromoção. A promotora Renata Mamede Carneiro Aguiar conduz o procedimento, que pode resultar em responsabilização por uso indevido da máquina pública
Procurado pela redação do Portal GMC MAIS, Até o momento, o chefe do executivo Jilson Cardoso de Macedo não se manifestou oficialmente sobre as acusações.
Da redação GMC MAIS. Foto: Arquivo Pessoal.

