A força-tarefa da Polícia Civil de São
Paulo anunciou na noite deste fim de semana a prisão do décimo suspeito de
envolvimento na execução do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes, assassinado em
15 de setembro de 2025 em Praia Grande, no litoral paulista.
Segundo a corporação, o preso é apontado
como integrante de facção criminosa que teria fornecido suporte logístico para
a emboscada, integrando a cadeia de quem acompanhou a vítima e coordenou o
momento do ataque. O nome não foi divulgado, porém, é conhecido como vulgo
'fiel'.
Relembre como foi a perseguição e a
execução de Ruy Ferraz Fontes:
Segundo a Secretaria da Segurança
Pública (SSP), o
suspeito tem antecedentes criminais por receptação, porte ilegal de arma de
fogo e furto. Com ele foi apreendida uma arma de fogo calibre 380. A pasta não
divulgou a identidade nem qual seria a participação dele no crime.
"As investigações prosseguem pelo DHPP
para esclarecer todas as circunstâncias dos fatos. Até o momento, dez
envolvidos estão presos, dois se encontram foragidos e um morreu após resistir
a abordagem policial", afirmou a SSP.
Prisões anteriores
- José Nildo da Silva, de 47 anos, é suspeito de ser um dos atiradores. Ele teria se dirigido a uma das quatro residências que teriam sido usadas na logística do crime após a execução. Ele foi preso em Itanhaém no final de outubro.
- Danilo
Pereira Pena,
conhecido como Matemático, teria organizado parte da operação criminosa,
incumbindo outro indivíduo de transportar um terceiro participante.
- Felipe
Avelino da Silva,
conhecido como Mascherano, teve digitais identificadas pela
perícia em um dos carros usados no assassinato. Ele é apontado como
"disciplina" da facção Primeiro Comando da Capital (PCC) no ABC Paulista,
na região metropolitana de São Paulo.
- William
Silva Marques,
dono da casa usada como QG do crime.
- Rafael
Marcell Dias Simões,
conhecido como Jaguar e apontado como um dos atiradores.
- Dahesley
Oliveira Pires,
acusada de ser a pessoa que buscou o fuzil no litoral paulista.
- Luiz
Henrique Santos Batista,
o Fofão, que teria sido responsável por dar carona para um dos
criminosos fugir da cena do crime. A ação teria sido orientada por Danilo
Pereira Pena, o Matemático.
- Umberto
Alberto Gomes,
apontado como um possível atirador e morto em confronto com a polícia no
Paraná. As impressões digitais dele foram detectadas em um imóvel em
Mongaguá, que teria sido utilizado pela quadrilha antes do crime.
- Cristiano
Alves da Silva, de
36 anos, conhecido como Cris Brown, é apontado como
proprietário da casa em Mongaguá que foi utilizada como ponto de apoio aos
criminosos.
- Paulo
Henrique Caetano Sales,
conhecido como PH, de 35 anos, apontado como dono de uma das
casas usadas pelos criminosos responsáveis pela execução.
· Linhas de
investigação
·
ex-delegado e então secretário
da Administração de Praia Grande foi morto em uma emboscada no dia 15 de
setembro. Pouco mais de um mês após o crime, fontes próximas à investigação
confirmaram que, até o momento, a apuração
trabalha com duas principais hipóteses.
A primeira seria uma vingança do crime organizado, tendo em vista os anos de carreira que Ruy Ferraz dedicou em combate ao Primeiro Comando da Capital (PCC). A investigação também considera uma possível retaliação de colegas de prefeitura, uma vez que o ex-delegado estaria supervisionando um contrato milionário de licitação, que previa a compra de equipamentos destinados à ampliação do sistema de videomonitoramento e wi-fi da gestão municipal.


