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Jovem Pan é condenada e terá que pagar valor milionário por divulgar fake news nas eleições de 2022

A Justiça Federal em São Paulo condenou a Jovem Pan a pagar R$ 1,58 milhão por danos morais coletivos pela divulgação de desinformação e por incentivar discursos considerados antidemocráticos durante as eleições de 2022.

A sentença, da 6ª Vara Cível Federal, atende a uma ação movida pelo Ministério Público Federal e pela União. A juíza Denise Aparecida Avelar afirmou que a emissora extrapolou os limites da liberdade de radiodifusão ao promover ataques a autoridades e instituições, incluindo ministros do Supremo Tribunal Federal e o então presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

A decisão menciona declarações de comentaristas, especialmente do programa “Os Pingos nos Is”, que, após o segundo turno, ampliaram discursos de insurreição e defenderam a possibilidade de intervenção militar.

Segundo o MPF, desde os primeiros meses de 2022 foram feitas afirmações repetidas sobre suposta insegurança das urnas eletrônicas e impossibilidade de auditoria, alimentando dúvidas sobre o processo eleitoral.

Para a magistrada, a emissora não buscou estimular debate crítico, mas adotou um viés que alimentou descrença no sistema eleitoral e no regime democrático. Ela escreveu que a metodologia identificada “evidencia uma forma pretensiosa e grave de manipulação da liberdade de radiodifusão”, agravada pelo contexto político do período.

O pedido de cassação das outorgas de radiodifusão foi negado, por ser considerado uma medida extrema. Procurada, a Jovem Pan disse que não comenta assuntos internos ou questões judiciais.

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