Com o avanço constante
da tecnologia,
a Polícia
Rodoviária Federal (PRF) tem acompanhado essas inovações
para implementar novas práticas e garantir a segurança nas estradas. Um dos
sistemas utilizados é o drone, empregado para fiscalizar e autuar motoristas
que cometem infrações.
O
uso de drones em Minas Gerais foi tema aqui no Vrum e agora vamos entender como
essa tecnologia funciona. Conversamos com Jeferson Almeida,
coordenador-geral de segurança viária da PRF, para entender os
detalhes dessa fiscalização.
A PRF já
realiza videomonitoramento com
câmeras dotadas de inteligência
artificial (IA) há algum tempo. Essas câmeras são instaladas em pontos
estratégicos nas rodovias brasileiras e detectam infrações como
uso de celular ao volante, falta do cinto de segurança, entre outros, sempre
visando maior segurança nas estradas.
Porém, como explicou o
coordenador da PRF, os drones, que já eram usados em
outras operações da corporação, agora também estão sendo empregados para videomonitoramento nas
estradas. O uso de drones começou em julho.
Os sistemas de videomonitoramento com
câmeras de IA estão em operação nos seguintes estados: Bahia, Goiás, Mato
Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro e São
Paulo. Já os drones estão sendo utilizados no Espírito Santo,
Minas Gerais, Pará e Santa Catarina, e em breve devem começar a operar no Rio
Grande do Sul.
A escolha pelo uso de drones leva em consideração a geografia das regiões, especialmente em locais com altos índices de acidentes. “De meados deste ano para cá, começamos a investir mais. Percebemos que há locais com muitos sinistros, mas temos dificuldade de estacionar a viatura. Em alguns casos, parar a viatura pode ser até mais perigoso, como na região metropolitana de Santa Catarina. Então usamos drones nesses pontos críticos e esperamos ver os resultados em breve”, explicou Jeferson.
O coordenador também
comparou o drone a um binóculo: ele identifica a infração e
possibilita a autuação. Essa autuação pode ser feita diretamente pelo drone ou
uma viatura da PRF pode abordar o infrator após o drone detectar
a infração. “O drone permite a autuação imediata, ou de forma
educativa, com abordagem, mas isso não é obrigatório”, disse.
Para o uso dos drones,
a rodovia precisa estar sinalizada, indicando que há fiscalização por videomonitoramento (não
é necessário especificar o uso de drones). Assim, as multas são aplicadas da
mesma forma que em qualquer outra fiscalização.
Diferente das câmeras
de IA, os drones não utilizam inteligência artificial. A
fiscalização é feita pelo agente que opera o equipamento. Os drones são
usados para monitorar infrações como falta de cinto de segurança, ultrapassagem
proibida, faróis apagados, direção na contramão, além de outras infrações
visíveis.
O drone,
entretanto, não multa excesso de velocidade, uma função exclusiva dos radares.
O tempo de voo dos drones é de aproximadamente 30 minutos.
O objetivo com a utilização desses equipamentos é reduzir o número de acidentes e educar os condutores. A adoção dessa tecnologia se baseia em estudos realizados em outros países, como os Estados Unidos. “Ainda estamos no início, então é cedo para resultados concretos. Vamos realizar uma avaliação contínua para medir a eficiência do programa”, concluiu Jeferson.